A mordida cruzada anterior, principalmente a de origem esquelética requer diagnóstico precoce, de preferência na dentição decídua ou mista. Por se tratar de uma anomalia com repercuçoes significativas na estética facial e na oclusão dentaria, aconselha-se que o seu tratamento seja realizado o mais cedo possível visto que quanto mais cedo a sua intervenção maior a possibilidade de um prognostico favorável, evitando- se assim uma piora nos efeitos negativos, proporcionando melhorias no perfil facial bem como a autoestima do paciente. Conforme nos relata a literatura a disjunção maxilar seguida da tração reversa maxilar ainda é a opção de tratamento mais usada, apresentando na maioria dos casos efeitos significativos tanto nas bases apicais como na estética facial, melhorando assim a autoestima e a qualidade de vida destes pacientes. O presente trabalho relata o caso clínico do tratamento de um paciente de 6 anos e 10 meses de idade, do género masculino que veio encaminhado da clinica de ortodontia preventiva, no curso de especialização em Ortodontia, onde durante 9 meses de acompanhamento após ter sido diagnosticado a Mordida cruzada anterior esquelética, o mesmo foi tratado com expansão rápida da maxila seguida da disjunção maxilar. A moldagem dos arcos dentários e posteriormente o diagnóstico e planejamento do caso clínico só foram realizados após anamnese, exames clínicos e complementares. De seguida iniciou-se o tratamento, novamente com expansão rápida da maxila utilizando-se para tal o disjuntor de Hirax com o protocolo de ativação para ¼ de volta de manha e ¼ de volta de tarde durante 15 dias; seguido da protração maxilar com mascara facial de petit, utilizando para tal 350g de força com recomendação para 12h diárias. O plano de tratamento permitiu devolver a auto estima e qualidade de vida ao paciente uma vez que ocorreram melhorias significativas no complexo dento facial como a correção da mordida cruzada anterior, proporcionando assim o equilíbrio e a integridade do sistema estomatognático. Ver menos