O uso da toxina botulínica vem sendo amplamente utilizada no mundo todo, não somente como suavizador de rugas e linhas de expressão facial, mas no auxílio de tratamentos de patologias diversas. Seu mecanismo de ação se dá pelo bloqueio da liberação de acetilcolina das placas terminais nervosas colinérgicas, resultando na inatividade dos músculos estriados e glândulas inervadas. Com isso, aplicações de toxina botulínica do tipo A vem sendo cada vez mais estudada na odontologia para tratamentos em glândulas salivares e músculos da face. A sialorreia ou hipersialose, geralmente associada com problemas de deglutição, é o acúmulo e/ou produção excessiva de saliva, que resulta no escape de saliva além da margem do lábio (ptialismo). A maioria de seus portadores apresentam desordens neurológicas, como esclerose lateral amiotrófica (ELA), paralisia cerebral (PC) e doença de Parkinson (DP), causando desconforto físico e psicológico. Dessa forma, as aplicações de toxina botulínica vem sendo cada vez mais recomendada para conter a sialorreia. Esse trabalho pretendeu, por meio de uma revisão de literatura, avaliar o efeito da toxina botulínica no controle e tratamento de sialorreia, apresentando seu modo de aplicação, dosagens utilizadas e efeitos adversos. Para a realização deste estudo, foram selecionados alguns artigos científicos, escolhidos de diferentes bases de dados, como Pubmed, Scielo e Google Acadêmico. Como conclusão, foi observado que a toxina botulínica tipo A diminuiu significativamente a salivação dos pacientes, trazendo um controle eficaz e seguro, em comparação aos outros métodos propostos, como cirurgias, medicamentos e até radioterapia. Os efeitos colaterais dessas aplicações foram raros e reversíveis, pelo seu efeito durar somente alguns meses, o que, comparado aos outros tipos de tratamentos, demonstrou ser superior. Ver menos