A membrana de fibrina rica em plaquetas e leucócitos (L-PRF) é obtida através de uma técnica simples, natural e barata, podendo ser utilizada na prática diária. Fatores de crescimento e células autólogas vêm sendo utilizados na tentativa de se incrementar o potencial dos biomateriais substitutos ósseos, especialmente os contidos no concentrado de fibrina rica em plaquetas (PRF). O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência da utilização de membrana de L-PRF na construção óssea aposicional por meio de análise histomorfométrica dos níveis de tecido mineralizado vital (TMV), de tecido não mineralizado (TNM) e tecido mineralizado não vital (TMNV). Doze ratos Wistar foram distribuídos igualmente em dois grupos, grupo controle (GC) e grupo teste (GT). A coleta de sangue foi realizada por punção cardíaca terminal com coração exposto de outros seis ratos doadores. Para a obtenção da L-PRF, o sangue coletado foi centrifugado a 2.700 rpm por 12 minutos. Na calvária de cada rato foi instalado um cilindro de Teflon, no qual foi adicionado material de enxerto xenogênico derivado da matriz mineral bovina (grupo de controle) ou utilização do mesmo material de enxerto xenogênico recoberto com a membrana de L-PRF (grupo teste). Após 30 dias, os animais foram eutanasiados e as calvárias retiradas e encaminhadas para preparação histológica, seguida a análise histomorfométrica das quantidades de TMV, TMNV e TNM. As análises histomorfométricas demonstraram que a associação da membrana de L-PRF como recobrimento no GT não influenciou a construção óssea vertical para todos os parâmetros histomorfométricos analisados (p>0,05). Com base nos resultados encontrados neste estudo TMV (9,6 ±5,7%; 7,1±3,8%), TMNV (16,7±6,5%; 13,8±10,2%) e TNM (73,7±9,4%; 79,1±9,0%), pode-se concluir que a utilização da membrana de L-PRF como recobrimento na construção óssea aposicional não demonstrou modificações em relação a porcentagem das variáveis analisadas. Ver menos