Com a evolução dos materiais cerâmicos e dos cimentos odontológicos, os procedimentos clínicos sofreram algumas alterações, gerando dúvida nos profissionais quanto ao processo de cimentação, inclusive das cerâmicas à base de zircônia. Diante disso, o objetivo desse trabalho é investigar, através de uma revisão de literatura, a cimentação adesiva de cerâmicas à base de zircônia, discorrendo sobre as características do material, tratamentos de superfície e a cimentação adesiva propriamente dita, elaborando posteriormente um protocolo clínico para execução do procedimento. O trabalho foi desenvolvido a partir da leitura de artigos científicos e livros. As bases de dados eletrônicas utilizadas foram: Scielo, Bireme, Pubmed, Lilacs e Google Acadêmico, bem como outras ferramentas de busca. Alguns limites de pesquisa foram determinados, incluindo artigos tanto nos idiomas português como inglês, priorizando os publicados a partir do ano de 2013 até a presente data. Contudo, para pesquisas mais detalhadas recorreu-se a artigos mais antigos. Há alguns anos a zircônia foi inserida na Odontologia sendo uma das possiblidades para reconstruções protéticas. A cimentação da zircônia ainda é um processo controverso, por conta do seu alto conteúdo cristalino, que inviabiliza o condicionamento com ácido fluorídrico. Vários métodos para tratamento de superfície são relatados na literatura com a finalidade de se conseguir uma resistência adesiva satisfatória. Pode-se concluir que o jateamento com óxido de alumínio e a silicatização são os tratamentos de superfície mais descritos na literatura, associados a tratamentos químicos. A cimentação adesiva apresenta vantagens em relação aos cimentos convencionais, proporcionando melhor adaptação, retenção e longevidade do material. Vale ressaltar também, que é fundamental que o profissional conheça o material que será utilizado, o tipo de cimento e técnica que será empregada, visto que, todas as etapas são importantes para a longevidade do tratamento restaurador. Ver menos