A anquiloglossia, comumente conhecida como língua presa, é uma anomalia congênita oral que pode diminuir a mobilidade da ponta da língua e é causada por um freio lingual grosso e/ou curto, uma membrana que conecta a parte inferior da língua ao assoalho da boca. Existem algumas evidências de que a anquiloglossia pode ser uma patologia genética, embora não se saiba quais componentes genéticos regulam o fenótipo e a penetrância nos pacientes afetados. Os indivíduos acometidos pela anomalia podem aprender a compensar adequadamente a sua diminuição da mobilidade lingual. Para um diagnóstico correto, a função merece mais consideração do que a aparência. Por essa razão, além da observação direta do freio, também é fundamental observar o recém-nascido durante a amamentação e inquirir os pais sobre o ganho de peso. A anquiloglossia pode afetar a alimentação, a fala e a higiene bucal, além de ter efeitos mecânicos/sociais. Dentre as modalidades de tratamento, a frenectomia é uma das mais utilizadas, para se prevenir a anquiloglossia recorrente é recomendado ao paciente a realização de séries de exercícios linguais durante as primeiras quatro a seis semanas de pós-operatório. Com base neste contexto, por meio de um relato de caso clínico, este trabalho vem abordar a frenectomia como opção terapêutica da anquiloglossia em crianças de maior idade. Paciente sexo feminino, 9 anos e 05 meses de idade, compareceu à Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, no curso de pós-graduação em Odontopediatria acompanhada por seus responsáveis. Durante o exame clínico foi observado que havia encurtamento do frênulo lingual, dificultando a movimentação da língua, prejudicando a fala da paciente. Devido à essa alteração optou-se pela realização da frenectomia. A frenectomia é um procedimento passível de ser feito em consultório odontológico. A paciente em questão apresentou resultado satisfatório após a realização do procedimento. Ver menos