Dentes perdidos ou amplamente danificados frequentemente resultam em prejuízo funcional e estético, requerendo tratamento reabilitador protético com materiais que substituam adequadamente essas estruturas. Dentre os materiais mais utilizados, destacamos as cerâmicas odontológicas que apresentam excelentes características estéticas, mecânicas e biocompatibilidade. As restaurações metalocerâmicas (MC) são o padrão da próteses fixas unitárias. Consequentemente, todos os novos materiais precisam ser tão confiáveis quanto as metalocerâmicas para serem utilizados como uma alternativa. Com o desenvolvimento de diferentes cerâmicas, as restaurações metal free (MF) se tornaram uma opção para reabilitações estéticas. Portanto, o conhecimento da longevidade clínica e dos tipos de falhas das restaurações cerâmicas se faz necessário para que se possa compreender melhor os possíveis problemas dessa modalidade de tratamento, contribuindo assim para o aperfeiçoamento dos materiais utilizados. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar, por meio de uma revisão de literatura, o desempenho clínico de próteses fixas quando realizadas em MC e quando realizadas em MF. As buscas foram realizadas em três bases de dados bibliográficas - PubMed, Web of Science e Google Scholar. Foram incluídos ensaios clínicos (randomizados ou não) e coortes publicados sem data mínima ou máxima de publicação definida, buscados pelos descritores: Denture partial fixed; Dental porcelain; Metal ceramic restorations. Os resultados demostraram que o coroas MC exibem taxas de sobrevivência semelhantes às das coroas MF, que variam de 55,6% a 100% a depender do material utilizado. O lascamento da cerâmica foi a complicação que apresentou maior incidência para ambos. A partir dos resultados obtidos nessa revisão da literatura foi possível concluir que o desempenho clínico de coroas MC ou MF são similarmente satisfatórios a longo prazo, apresentando excelente integração técnica, estética e biológica por até 10 anos. Com relação desempenho de materiais MF comparados entre si, a quantidade de evidência existente não foi satisfatória, o que sugere a necessidade de desenvolvimento de mais estudos clínicos randomizados. Portanto, clínicos devem continuar a basear as decisões sobre que material usar em sua própria experiência clínica, levando em consideração as circunstâncias individuais e as preferências de seus pacientes. Ver menos