A ativação por ultrassom e a incorporação de nanotubos de dióxido de titânio (n-TiO2) na medicação intracanal à base de hidróxido de cálcio são estratégias que podem ser utilizadas para aumentar a propriedade antimicrobiana e reparação tecidual dessa medicação. O presente estudo in vitro investigou o efeito da ativação por ultrassom, da pasta à base de hidróxido de cálcio [Ca(OH)2] com e sem incorporação de 3% em peso de nanotubos de dióxido de titânio (n-TiO2) quanto à dissociação de íons cálcio e regulação do pH ao longo do tempo.Trinta e seis raízes de dentes de origem bovina foram selecionadas, preparadas e divididas em 6 grupos (n=6): 1. Calen; 2. Calen +3% de n-TiO2; 3. Calen + ativação por ultrassom; 4. Calen +3% de n-TiO2 + ativação por ultrassom; 5. Soro fisiológico; 6. Soro fisiológico + ativação por ultrassom (3 ciclos de 20 s, potência 3). Os dentes foram selados com resina composta e armazenados em um tubo Falcon contendo 20 mL de água deonizada por 15 dias. As análises foram realizadas nos tempos de 2 e 24 h, 4, 7, 11 e 15 dias em espectrofotômetro (íons cálcio) e peagamêtro (pH). Os dados foram submetidos a testes não paramétricos (?=0,05). Considerando ativação com ultrassom, houve diferença entre os grupos COM ou SEM n-TiO2 no baseline e 2 h, com menores valores de pH (p<0,05), o que não se manteve após 4 h (p>0,05). Tanto Calen quanto Calen + 3%n-TiO2 apresentaram pH maior que o soro fisiológico. Em relação aos íons cálcio, os grupos SEM ultrassom, não apresentaram diferença entre Calen e Calen + 3%n-TiO2. Quando ativados por ultrassom, Calen apresentou aumento na liberação de íons cálcio no 4o dia, para Calen + 3% n-TiO2 esse aumento aconteceu no 7o dia (p>0,05). Conclui-se que a ativação por ultrassom de medicação à base de hidróxido de cálcio com n-TiO2 influenciou o aumento do pH ao longo do tempo. Entretanto, nenhuma das duas estratégias utilizadas, teve relação direta com a liberação dos íons Ca2+ no meio ao longo do tempo. Ver menos