Quando o tratamento endodôntico é realizado em sessões múltiplas, o uso de um selamento coronário provisório é necessário para inibir a entrada de microrganismos e produtos salivares para o interior do elemento dentário e impedir o contato da medicação intra-canal com o meio externo. A microinfiltração marginal desses materiais deve ser observada, pois pode comprometer o sucesso do tratamento. O objetivo do presente trabalho é, através de uma revisão literária, subsidiar o cirurgião dentista na escolha do material a ser empregado entre as sessões, ou após a finalização do tratamento endodôntico, considerando aspectos relacionados à microinfiltração marginal de materiais seladores coronários provisórios utilizados em endodontia. Os materiais para uso provisório em endodontia podem ser: cimentos pré-manipulados, à base de óxido de zinco e eugenol, à base de cimento de ionômero de vidro (convencionais e modificados por resina) e cimentos fotopolimerizáveis, além de cimento fosfato de zinco que é menos utilizado. A literatura é diversa nos materiais e metodologias testadas. Ao analisar os trabalhos na forma de revisão, percebe-se que nenhum material foi o mais recomendado para uso, pois todos apresentam limitações, portanto o selamento duplo aumenta o desempenho da restauração provisória. Materiais à base de óxido de zinco e eugenol, assim como cimentos de ionômero de vidro convencionais apresentam baixo desempenho contra a microinfiltração marginal. A sugestão é a associação de cimentos pré-manipulados com materiais a base de resina fotopolimerizável ou cimentos de ionômero de vidro modificados por resina. Quando houver o uso de medicação intra-canal por mais de 30 dias e após a finalização do tratamento endodôntico é recomendado o uso de material definitivo como resina composta para o selamento provisório. Ver menos