Devido à íntima relação dos ápices radiculares dos dentes pósteros superiores com o seio maxilar, algumas sinusites maxilares, podem ser de origem odontogênica, como: extrações dentárias, lesões periodontais e lesões periapicais (abscessos, granulomas e cistos radiculares). Este estudo teve como objetivo verificar a presença de espessamento mucoso no assoalho dos seios maxilares, relacionados a elementos dentais posteriores da maxila, tratados endodônticamente com presença de lesões periapicais. A pesquisa foi constituída por uma amostra com 50 exames de tomografia computadorizada de feixe cônico, totalizando 74 elementos dentários. As mensurações foram realizadas a partir de cortes axial e coronal no software i-CAT® Vision, e após, foram classificadas em quatro grupos: G1: lesões de características difusas com presença de espessamento do ligamento periodontal apical, apresentando uma hipodensidade mal definida com sequestro ósseo central; G2: lesões de características delimitadas, consideradas alterações com aspecto tomográfico hipodenso, arredondada, tamanho pequeno (com até 1 cm no maior diâmetro); G3: lesões de características císticas, foram consideradas imagens de forma arredondada, delimitadas por uma linha de osso esclerótico, (halo hiperdenso de espessura variável) demarcando a lesão no osso alveolar e, espessamento mucoso do assoalho dos seios maxilares. As imagens características de espessamento mucoso da membrana sinusal apresentaram hipodensidade localizada no assoalho do seio maxilar, na região do elemento dental avaliado. A intensidade da opacificação não foi quantificada neste estudo. Foram também analisados, fatores como: idade, a distribuição em função dos sexos e proporção das raízes dos elementos dentários. O nível de significância de 5% foi considerado para todos os testes. Os resultados obtidos neste estudo foram: a proporção relativa do número de elementos dentários estudados em função dos sexos apresentou um maior número de elementos dentários do sexo feminino (n=45), quanto aos dentes relacionados com lesões periapicais foi de 93.3%, sendo que as lesões com características difusas (47.3%) foram mais comuns que as demais condições, os dentes tratados endodônticamente com presença de lesão periapical relacionados ao espessamento mucoso foi de 39,2% do total e em relação aos tipos de raízes afetadas, a raiz palatina teve maior frequência nas lesões periapicais (50%). Através deste estudo, pode-se concluir, que não houve relação entre espessamento mucoso e lesões periapicais e, vice-versa (teste exato de fisher, p=0.0678). A quantidade de lesões com características difusas (exato de fisher, p=0.4684), lesões com características císticas (p=0.5517), lesões com características delimitadas (p=3483) não apresentaram diferenças estatisticamente significantes, entre os grupos com ou sem espessamento mucoso.
Palavras-chave: Seios maxilares. Lesões periapicais. Espessamento mucoso. Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Ver menos