Este estudo teve por objetivo avaliar o grau de estresse e ansiedade, durante o atendimento odontológico, em crianças com paralisia cerebral por meio de parâmetros biológicos e psicológicos. Foram avaliadas 38 crianças, de 7 a 12 anos, divididas em 2 grupos, sendo um grupo com 18 crianças com paralisia cerebral e outro com 20 crianças saudáveis, considerado o grupo controle. Para análise dos biomarcadores, a saliva foi coletada de forma não invasiva antes e após atendimento odontológico e, foram aplicadas a Escala Comportamental de Frankl, durante o atendimento e a Escala de Imagem Facial, ao final do atendimento. Níveis mais elevados de cortisol no grupo paralisa cerebral foi observado após o procedimento, apresentando uma diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,02). A alfa amilase salivar não apresentou diferenças significativas entre os grupos. Do ponto de vista psicológico e emocional, a ansiedade do grupo paralisia cerebral foi superior ao grupo controle nas avaliações de ambas as escalas, com estatística p=0.00012. Pode-se concluir que houve alteração dos parâmetros fisiológicos, cortisol salivar e alfa Amilase salivar e dos parâmetros psicológicos, Escala Comportamental de Frankl e Escala de Imagem Facial, permitem afirmar que o procedimento odontológico produziu ansiedade nas crianças, tendo os pacientes com paralisia cerebral maior ansiedade que as crianças sem distúrbio neurológico.
Palavras-chave:Cortisol. Estresse fisiológico. Atenção odontológica. Paralisia cerebral. Ansiedade ao tratamento odontológico. Ver menos