Introdução: O aumento da expectativa de vida mundial e as consequentes perdas dentárias têm exigido cada vez mais da Odontologia a busca por novas alternativas reabilitadoras, como os biomateriais esses podem ser definidos como quaisquer materiais que atuem substituindo um defeito ósseo perdido e/ou sua função. Na Odontologia, atualmente muitos trabalhos têm objetivado a melhoria da regeneração óssea através do uso de biomateriais para substituição óssea. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo comparar por parâmetros histomorfométricos, a neoformação óssea em pacientes submetidos à cirurgia de levantamento de seio maxilar com os biomateriais Bio-Oss® e Lumina-Porous®. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo cego, de boca dividida, cruzado. Dez participantes foram selecionados após avaliação clínica e laboratorial. Após randomização os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico com biomateriais Bio-Oss® de um lado e Lumina-Porous® de outro. Os pacientes foram acompanhados e após nove meses foi realizada trefinagem da amostra. As amostras foram fixadas e em seguidas descalcificadas em solução 10% EDTA (pH 7,3) durante 7 dias para processamento e confecção de lâminas histológicas. Após desparafinização, cortes de 3µm foram reidratados para coloração por hematoxilina-eosina. O tecido conjuntivo e tecido ósseo foram analisados (microscopia de luz) dicotomicamente conforme interface separando do leito receptor, quantidade de tecido conjuntivo interposto no leito receptor, presença de espaços medulares, osteoclastos e sinais histológicos de reabsorção óssea (lacunas de Howship). Resultados: Pode-se verificar o lado tratado com o Bio-Oss® teve uma maior formação de tecido mineralizado vital (TMV) quando comparado aos resultados do Lumina-Porous® (p=0,01). Quanto ao tecido mineralizado não-vital (TMNV) os dados foram semelhantes sem diferença estatística (p=0,21), assim como a quantidade de tecido conjuntivo (TCJ). Os espaços medulares (EM) foram maiores no Lumina-Porous®. A quantidade de osteoclastos e osteócitos viáveis encontrados na análise histomorfométrica dos biomateriais estudados demonstrou um maior percentual no grupo tratado com o Bio-Oss®, com diferença estatística quanto à quantidade de osteoclastos (p=0,014) e osteócitos viáveis (p=0,027) encontrados no grupo Lumina-Porous®. Conclusão: Após 9 meses, ambos os tratamentos indicaram neoformação óssea. O grupo tratado com o biomaterial Bio-Oss® apresentou maior percentual de formação de osso mineralizado vital, assim como um maior percentual de osteoclastos e osteócitos viáveis.
Palavras-chave: Implantes dentários. Seio maxilar. Materiais biocompatíveis. Ver menos