O seio maxilar é a estrutura anatômica essencial frequentemente envolvida em muitos procedimentos cirúrgicos orais e maxilofaciais na maxila posterior. Durante procedimentos de aumento e/ou colocação de implantes dentários, pode ocorrer trauma no seio maxilar em situações em que a altura residual do rebordo é reduzida. A perda de dentes superiores geralmente é acompanhada pela reabsorção do osso alveolar remanescente, que é frequentemente fino e qualitativamente pobre. Em alguns desses casos é necessário o aumento do osso alveolar posterior. Esse é um procedimento desafiador em que as técnicas estão em constante evolução. A abordagem mais amplamente utilizada para elevação do assoalho sinusal é a técnica clássica da janela lateral introduzida por Tatum (1976). Porem há relatos de algumas complicações oriundas dessa técnica: rompimento da membrana, sangramento, infecção e obstrução sinusal. Essa técnica requer habilidade e tempo cirúrgicos consideráveis e também frequentemente gera sequelas desagradáveis, como edema e desconforto. Uma alternativa menos invasiva foi introduzida por Summers (1994) para obter uma elevação menor e localizada do assoalho do seio. Várias técnicas cirúrgicas derivadas da abordagem inaugurada por Summers foram propostas para enfrentar esses desafios e obter o tamanho ósseo adequado para a colocação do implante no seio maxilar, tais como a técnica Smart Lift, técnica do balão sinusal e piezo-cirurgia. Essas técnicas envolvem uma abordagem crestal., comum à cirurgia convencional de implantes imediatos, sendo uma clara vantagem, pois podem ocorrer no mesmo tempo cirúrgico, tudo isto com pouco ou nenhum contato entre os instrumentos cirúrgicos e a membrana schneideriana, o que reduz o risco de complicações cirúrgicas. Além disso, melhorias nas técnicas cirúrgicas e avanços na pesquisa de biomateriais se traduziram em excelentes resultados. Portanto, esta revisão mostra que a técnica de elevação indireta do seio com colocação simultânea de implantes mostra-se menos invasiva, sem morbidade pós-operatória e também demonstrou grau previsível de sobrevivência do implante e mínima perda óssea crestal sem o uso de enxerto ósseo. Ver menos