Ensino de endodontia em cursos de graduação no Brasil e a formação do clínico geral [recurso eletrônico]
Érika Pasqua Tavares
Tese
Português
Campinas : [s.n.], 2019.
59f. : il.
Tese (Doutorado em Clínicas Odontológicas) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
As diretrizes para os cursos de graduação em odontologia no Brasil estão fundamentadas na formação de profissionais generalistas preparados para atuar em serviços públicos de saúde, buscando melhorar a qualidade e a resolutividade da atenção em saúde bucal no país. Os recursos tecnológicos que fazem...
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As diretrizes para os cursos de graduação em odontologia no Brasil estão fundamentadas na formação de profissionais generalistas preparados para atuar em serviços públicos de saúde, buscando melhorar a qualidade e a resolutividade da atenção em saúde bucal no país. Os recursos tecnológicos que fazem parte da endodontia moderna têm se tornado indispensáveis para a especialidade, mas ainda não está claro qual o limite para inserção destes recursos em cursos de graduação, cuja proposta é a formação de profissionais generalistas. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar o perfil do ensino de Endodontia nos cursos de graduação em Odontologia brasileiros, buscando identificar a percepção docente sobre a inserção de tecnologias (instrumentação automatizada) para a formação do profissional generalista. Professores responsáveis pelos conteúdos de endodontia dos 205 cursos de graduação em Odontologia que participaram do Exame Nacional de Desempenho Estudantes (ENADE) aplicado pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, no Brasil em 2016 foram contatados e receberam formulário eletrônico com 23 questões para coleta de dados sobre: instituição e curso; professor responsável pelos conteúdos de endodontia; ensino de endodontia no curso de graduação; reflexões do docente quanto à inserção de tecnologias para o ensino de endodontia e a formação do clínico geral. Responderam ao formulário eletrônico 149 (72,7%) professores de endodontia. Deste total, 73,2% de instituições particulares e 26,8% públicas. Entre os docentes, 62% são doutores, 82,6% atuam em cursos de pós-graduação e 37,6% atuam ou já atuaram na atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Os conteúdos de endodontia são ministrados de forma isolada em mais de um semestre (89,2%) e o estágio clínico apresenta-se em sua maioria em clínicas de endodontia isoladas inicialmente e integradas ao longo do curso (49,0%). Em 47,7% dos cursos é indicada instrumentação manual e automatizada em casos selecionados. A maioria dos docentes (89,9%) entende como positiva a inserção de tecnologias em Endodontia. Em relação à melhor performance no ENADE, não houve associação significativa com a utilização de instrumentação automatizada (p<0,05) mas sim com o fornecimento de instrumentos especiais (motores) pelas instituições. Conclui-se que os docentes são favoráveis a inserção de tecnologias para o ensino de endodontia na graduação e pensam que esta não interfere na formação do profissional generalista.
Palavras-chave: Endodontia. Tecnologia. Odontologia Ver menos
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Flório, Flávia Martão
Orientador
Ensino de endodontia em cursos de graduação no Brasil e a formação do clínico geral [recurso eletrônico]
Érika Pasqua Tavares
Ensino de endodontia em cursos de graduação no Brasil e a formação do clínico geral [recurso eletrônico]
Érika Pasqua Tavares