Um dos principais fatores que contribuem para o sucesso da implantodontia é a estabilidade primária dos implantes, que depende do desenho macrogeométrico, da técnica cirúrgica empregada e da densidade óssea da área receptora. Com a variedade de densidades ósseas, bem como a grande diversidade de design de implantes e seus protocolos de fresagem, podem existir várias opções de planejamento para alcançar melhor prognóstico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o torque de inserção e o coeficiente de estabilidade primária de dois implantes com designs diferentes em blocos de poliuretana simulando o tecido ósseo tipo I, através de duas técnicas de fresagem, alternando, ainda, dois níveis de fresagem óssea a partir do seu torque de inserção. Foram instalados um total de quarenta e oito implantes, divididos igualmente em dois grupos: BioMorse (n=24) como grupo controle e BioMorse SWE (n=24), ambos com dimensões de 3,5 x 11mm e 4,0 x 11mm, totalizando doze amostras de cada implante. Os implantes foram inseridos com torquímetro digital em osso artificial poliuretana rígido sem cortical - L 9, 7 X C 10 X A 5 centímetros; 40 PFC, simulando a densidade óssea tipo I (Nacional Ossos, Jaú, São Paulo, Brasil). Para as análises do coeficiente de estabilidade primária (ISQ), foi utilizado o aparelho de análise de freqüência de ressonância (PENGUIN®). Os resultados sugeriram diferenças estatisticamente significativas somente para análise ISQ entre o BioMorse e o BioMorse SWE 4,0x11,5mm na fresagem supra, aprofundando 1mm do nível ósseo. De acordo com a metodologia empregada, concluiu-se que o design do implante assim como os métodos de fresagem não influenciaram o torque de inserção. No entanto, pode-se observar uma maior média de torque de inserção para os implantes SWE. A diferença estatística entre os os implantes de 4,0x11,5 pode indicar maiores influências da macrogeometria do implante SWE na estabilidade primária.
Palavras-chave: Implantes dentarios. Design. Osseointegração. Ver menos