Desde a consolidação dos implantes dentários até os dias atuais, a odontologia vem trazendo novas opções para o tratamento de perdas dentárias ou mesmo de falta de dentes, devolvendo qualidade de vida aos pacientes. No entanto, quantidade óssea insuficiente devido a doenças sistêmicas graves, doenças periodontais, tumores, traumas e extrações dentárias acabam por dificultar ou até impossibilitar, no primeiro momento, a instalação de implantes dentários. Esse tipo de defeito criado pode ser contornado através de cirurgias reconstrutivas como a regeneração óssea guiada, visando a futura reabilitação com implantes. Essa técnica nos permite, através de membranas reabsorvíveis ou não reabsorvíveis criar condições para que as células osteogênicas formem osso em áreas onde houve perda do mesmo, sem que haja invasão pelos tecidos moles adjacentes. O uso das membranas pode ser feito com ou sem acompanhamento de substitutos ósseos como enxertos: autógenos, alógenos, xenógenos e aloplásticos. Este trabalho tem como objetivo reunir informações, através de uma revisão da literatura, sobre os processos fisiológicos da regeneração óssea guiada, bem como elucidar os tipos de membranas e substitutos ósseos disponíveis para a realização da mesma. Através dos trabalhos reunidos nesta revisão podemos concluir que o sucesso da técnica de regeneração óssea guiada depende da escolha correta, e do uso concomitante dos diversos materiais disponíveis no mercado, de acordo com a necessidade de cada caso dentro da rotina clínica. As membranas reabsorvíveis e não reabsorvíveis possuem a função chave para que a regeneração tenha bons resultados e previsibilidade. A regeneração óssea guiada é possível de ser realizada com sucesso utilizando apenas barreiras biológicas que sejam capazes de permanecer estáveis e não cederem as pressões dos tecidos vizinhos durante o período de cicatrização do coágulo, podendo essas serem acompanhadas de substitutos ósseos em casos onde a arquitetura da membrana não seja preservada. A regeneração óssea guiada é uma técnica consolidada dentro da área odontológica, tendo como principal objetivo permitir a reabilitação oral com uso de implantes dentários, para que os mesmos tenham condições de serem instalados em posições ósseas tridimensionalmente ideais para que a futura prótese exerça sua função corretamente e seja esteticamente harmônica.
Palavras-chave: Regeneração óssea. Membranas. Enxerto ósseo. Ver menos