A pulpectomia é o tratamento proposto para tecido pulpar infectado irreversivelmente devido a cárie ou trauma. O tratamento endodôntico no dente decíduo evita exodontias precoces, as quais podem causar problemas estéticos, psicológicos, instalação de hábitos bucais deletérios, diminuição da mastigação e fonação. O objetivo desse estudo foi avaliar a mobilidade dentária de molares decíduos após tratamento endodôntico com duas técnicas distintas: tratamento endodôntico radical com pasta Guedes- Pinto (PGP) e tratamento endodôntico simplificado com pasta CTZ (PCTZ). Foi realizado um estudo clínico randomizado, controlado, cuja amostra foi de 28 molares decíduos,14 para cada tipo de pasta. Uma vez verificados os critérios de elegibilidade, os sujeitos foram divididos aleatoriamente em dois grupos: PCTZ (n = 14) e PGP (n = 14). A mobilidade dentária foi avaliada clinicamente antes do tratamento e após 1 mês, 6 meses e 12 meses. Os dados foram tabulados e comparados antes e após o tratamento por meio do teste de qui-quadrado. Para verificar se houve melhora na mobilidade dentária após o tratamento dentro de cada grupo foi realizado o teste de McNemar. Todas as análises foram realizadas com nível de significância de 5%. Verificou-se que dentro da mesma técnica não houve diferença entre a mobilidade inicial e a mobilidade nos demais meses de acompanhamento (PCTZ 1 mês p=0,558; 6 e 12 meses p=0,153 | PGP 1 mês p=0,071; 6 e 12 meses p=0,297). Também não foram encontradas diferenças entre os grupos com relação à presença de mobilidade dentária em nenhum dos momentos de avaliação (início p=0,637; 1, 6 e 12 meses p=0,327). No presente estudo não houve diferença estatística quanto a evolução da mobilidade em nenhum dos grupos. Logo, conclui-se que não se pode afirmar se há efeito positivo ou negativo das diferentes técnicas sobre a lesão endodôntica.

Palavras-Chaves: Dente Decíduo. Mobilidade Dentária. Pulpectomia. Ver menos