O objetivo deste estudo foi avaliar clínica e radiograficamente a progressão ou paralisação das lesões de cárie microcavitadas em esmalte de molares decíduos e permanentes comparando-se os tratamentos: Selamento de lesão de cárie sob isolamento absoluto X Selamento de lesão de cárie sem isolamento absoluto X Escovação por meio de um estudo clínico randomizado com duração de 12 meses, considerando como insucesso a progressão da lesão. As lesões foram selecionadas quando localizadas em esmalte cavitado, escore 3 de acordo com o ICDAS, de molares decíduos e permanentes totalizando 58 crianças entre 4 e 9 anos de idade, entretanto apenas 30 crianças foram autorizadas pelos responsáveis a participar do estudo, resultando em uma amostra de 63 dentes. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente e submetidos aos tratamentos por uma examinadora treinada e calibrada (Kappa 0,80). Os tratamentos foram escolhidos por meio de sorteio de intervenções, separando-os em 3 grupos: Grupo G1 - Escovação (n= 24); Grupo G2 - Selante com isolamento absoluto (n= 27); Grupo G3 - Selante sem isolamento absoluto (n= 12). Os pacientes foram submetidos a avaliações clínicas e radiográficas (paralisação e progressão da lesão de cárie) após 6 e 12 meses de intervenção. As avaliações clínicas foram realizadas pelo próprio operador não cego aos tratamentos. A associação entre variáveis qualitativas foi verificada por meio do teste Exato de Fisher. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para se verificar a normalidade das variáveis quantitativas e os testes de Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis para a comparação destas variáveis entre os tipos de tratamentos. Os resultados mostram que não houve diferença significativa para o desfecho progressão das lesões de cárie nos tratamentos realizados em 6 e 12 meses (p=0,337 e p= 0,683). Concluiu-se não haver diferença na progressão das lesões para os tratamentos realizados.
Palavras-chave: Cárie dentária. Selantes de fossas e fissuras. Escovação dentária. Cremes dentais. Fluoreto de sódio. Ver menos