Evidências científicas têm sugerido que o cloreto de lítio (LiCl) pode exercer uma ação benéfica no turnover ósseo, favorecendo a diferenciação osteoblástica. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do LiCl sobre a osteogênese in vitro. Para isto, células SAOS-2, as quais são de origem humana e apresentam inúmeras características osteobláticas, foram expostas a diferentes concentrações de LiCl (0, 0,01; 0,05 e 0,1mM). Foram avaliadas: 1) proliferação e viabilidade celular em 24, 48 e 72h; 2) quantificação da expressão gênica do fator de transcrição 2 relacionado ao Runt (RUNX2), fosfatase alcalina (ALP), sialoproteína óssea (BSP), osteopontina (OPN) e osteocalcina (OCC) aos 10 dias; e 3) quantificação da mineralização aos 14 dias. Após 24h, notou-se redução da proliferação celular em todas as concentrações utilizadas (p<0,05). Contudo, após 48 e 72h, a proliferação celular foi semelhante entre os grupos experimentais (p>0,05). Após 24h, observou-se redução da viabilidade celular apenas para LiCl a 0,1 mM (p<0,05). Após 48 e 72h, não foram observadas diferenças na viabilidade celular entre os grupos experimentais (p>0,05). A expressão de RUNX2, BSP, OPN e OCC foi maior em culturas expostas ao LiCl a 0,01 e 0,05 mM em relação aos demais grupos (p<0,05). Enquanto que nas culturas expostas ao LiCl a 0,1 mM os resultados foram semelhantes ao grupo controle sem exposição ao LiCl. A expressão de ALP não diferiu significativamente dentre os grupos (p>0,05). Áreas extensas de mineralização foram identificadas para o LiCl nas concentrações de 0,01 e 0,05 mM (p<0,05). Os resultados indicaram que baixas concentrações de LiCl são capazes de modular positivamente a osteogênese in vitro.
Palavras-chave: Cloreto de lítio. Osteoblastos. Odontologia. Ver menos