Condutos radiculares fragilizados são comumente reabilitados com retentores intrarradiculares, como os pinos de fibra de vidro (PFV). Indica-se nesses casos o reembasamento dos PFVs com resina composta, ou, recentemente, o uso de sistema único Splendor- Single Adjustable Post (SAP) (Angelus). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a resistência de união dos PFVs anatômicos ou por sistema Splendor-SAP a diferentes terços da dentina intrarradicular de condutos fragilizados. Trinta condutos de incisivos bovinos foram selecionados e preparados com brocas de largo #4 e #5, obtendo-se condutos alargados. Após isso, foram aleatoriamente divididos em dois grupos, de acordo com a técnica restauradora dos PFVs (n=15): PFV (Reforpost #3, Angelus) reembasado com resina composta microhíbrida (Filtek Z250, 3M ESPE) ou PFV de sistema único com luva de adaptação (Splendor, Angelus). Os pinos de ambos os grupos foram cimentados com sistema adesivo universal (Single Bond Universal, 3M ESPE) e cimento resinoso dual (Rely X Ultimate, 3M ESPE). Após 48 horas, foram seccionados em fatias, obtendo-se uma fatia de cada terço radicular (cervical, médio e apical). Os espécimes foram submetidos ao teste de resistência de união por push-out em máquina universal de ensaios (taxa de carregamento de 0,5 mm/min). Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e ao teste de Tukey com nível de significância de 5%. No terço cervical o grupo que recebeu o sistema Reforpost apresentou maior resistência que o grupo Splendor (p<0,05). Quando realizada a comparação entre os terços, o grupo com Reforpost apresentou menor resistência no terço apical do que nos terços cervical e médio (p<0,05). Concluiu-se que apesar de o sistema Splendor ter promovido resistência de união estável ao longo dos terços radiculares, esta resistência foi inferior ao PFV anatômico no terço cervical.

Palavras-chave: Cimentos de resina; Resistência ao cisalhamento; Técnica para retentor intrarradicular; Ver menos