A desadaptação nas conexões entre implante/pilar leva a micromovimentos e infiltração de bactérias que por sua vez podem causar alterações do tecido periimplantar. Fabricantes tentam reduzir a infiltração bacteriana, aumentando a precisão e controle de qualidade dos implantes e componentes, a fim de minimizar as desadaptações, no entanto, muitas vezes os cirurgiões dentistas usam componentes protéticos compatíveis de outras marcas. Assim, o objetivo deste estudo "in vitro" foi avaliar, por meio de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), a desadaptação interna na interface presente entre componentes protéticos pré-fabricados e implantes de conexão interna cônica, após ciclagem mecânica, intercambiando-se ou não as marcas dos componentes. Implantes (3,5 x 11,5mm) de duas marcas comerciais (Neodent® e DSP Biomedical®) foram unidos a mini pilares da mesma marca comercial ou da marca alternativa, formando assim quatro grupos experimentais (n=10). As amostras passaram por 500.000 ciclos mecânicos, com carga de 120 N e frequência de 2 Hz, simulando 6 meses de mastigação. Após, foram seccionados ao meio e levados ao MEV para mensurações da desadaptação interna formada na interface entre a conexão cônica entre implante e pilar. Foram analisados três pontos em cada lado da amostra, equidistantes 100 µm entre si. Os dados da desadaptação, em micrometros, foram submetidos a análise de variância a um critério (? = 0,05), a qual indicou que o tamanho das desadaptações não foi significativamente influenciado pelo conjunto implante/pilar (p= 0,862). Conclui-se que não houve influência da utilização de componentes de diferentes fabricantes na desadaptação interna da interface pilar/implante de conexão cônica.
Palavras-chave: Próteses e implantes. Microscopia eletrônica de varredura. Implantes dentários Ver menos