A irrigação durante o tratamento endodôntico possui uma grande importância na remoção de tecidos necróticos, microorganismos e debris dentinários, principalmente em áreas não tocadas por instrumentos endodônticos. Durante esta irrigação, existe um risco inerente de extrusão de debris e irrigantes para os tecidos periapicais independente da técnica utilizada. Vários fatores podem ocasionar a extrusão de debris e irrigantes incluindo a pressão em que a solução irrigante é aplicada dentro do canal radicular. O objetivo deste trabalho foi avaliar a extrusão foraminal de debris e irrigantes durante a instrumentação dos canais radiculares utilizando diferentes pressões de irrigação. Foram utilizados 30 dentes humanos pré-molares inferiores extraídos, divididos aleatoriamente em 3 grupos (n=10), de acordo com a pressão de irrigação utilizada: G1 = Pressão de 5ml/min (controle), G2 = Pressão de 10ml/min e G3 = Pressão de 60ml/min. Os dentes foram inseridos em tubos de eppendorf contendo ágar gel 1,5%, foram pesados e instrumentados. Após a instrumentação, os aparatos contendo debris e irrigantes extruídos foram pesados novamente e o valor da subtração do primeiro peso em relação ao segundo mostrava a quantidade de material extruído. Os dados foram analisados através do teste de análise de variância (ANOVA). Foram considerados significativos valores de P<0,05. Todos os grupos apresentaram extrusão foraminal de debris e irrigantes e forneceram valores médios de: G1= 0,0110g, S= 0,0093; G2= 0,0083g, S= 0,0091 e G3= 0,0079g, S= 0,0087. Este estudo mostrou que não houve diferença significativa entre as diferentes pressões de irrigação avaliadas e que todas produzem extrusão de debris e irrigantes.
Palavras-chave: Endodontia. Cavidade pulpar. Odontologia. Ver menos