As membranas têm sido utilizadas para regeneração tecidual (RTG) e óssea guiada (ROG) com sucesso ao promover o repovoamento seletivo de defeitos ósseos por meio de células com potencial regenerativo; em vez de reparativo. As membranas devem apresentar alguns critérios como biocompatibilidade, capacidade de manutenção de espaço, integração tecidual, oclusão celular e facilidade de manuseio clínico. Dentre as membranas utilizadas, destacam-se as de colágeno de origem xenógena. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar o potencial da membrana Creos (Nobel Biocare®) em induzir a expressão e secreção de osteopontina por células osteoblásticas, comparando-se com Bio-Gide (Geislicht®). Utilizou-se fragmentos das membranas reabsorvíveis Creos (5x5 mm) e sobre a superfície porosa plaqueou-se células pré-osteoblásticas da linhagem MC3T3-E1. Como controle, utilizou-se o poliestireno. Avaliou-se em 24, 48 e 72h a expressão gênica e secreção de osteopontina, respectivamente pelos ensaios de qPCR e Elisa. Os dados foram tabulados e submetidos à análise de variância a um critério post test de Bonferroni adotando-se nível de significância de 5%. Observou-se que no tempo de 24h, a expressão de osteopontina pelas células osteoblásticas cultivadas na superfície da membrana Creos foi menor quando comparado ao poliestireno e Bio-Gide (p<0,05). Entretanto, nos tempos de 48 e 72 h, os níveis de expressão de osteopontina foram maiores nas membranas Creos e Bio-Gide, quando comparadas ao poliestireno (p<0,05). Conclui-se que membrana Creos estimulou a expressão gênica de osteopontina comparável à Bio-Gide, especialmente após 48 e 72 h, podendo ser utilizada como alternativa para regeneração tecidual e óssea guiada.
Palavras-chave: Regeneração óssea. Regeneração tecidual guiada. Membranas. Ver menos