O sucesso da implantação imediata depende de vários fatores, incluindo a qualidade e quantidade óssea local, a geometria do implante, conexão protética, ausência de microgaps e a técnica de preparo cirúrgico do leito do implante. Contudo, a implantação imediata em região posterior apresenta ainda controvérsias na literatura. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar longitudinalmente o comportamento clínico e radiográfico de implantes com conexão tipo cone Morse instalados em região posterior de maxila e mandíbula. O trabalho foi dividido em dois grupos (n=10 para cada grupo): Grupo 1 - implantes imediatos em alvéolos pós-exodônticos com provisório imediato - área premolar (IIP); Grupo 2 - implantes imediatos em alvéolos pós-exodônticos com provisório imediato - área molar (IIM). Os casos foram reabilitados proteticamente com coroas cerâmicas 90-120 dias após instalação dos implantes. O controle radiográfico deu-se nos tempos: inicial (I); Pós-operatório 0-7 dias (PO-1); Pós-operatório 60-90 dias (PO-2); Pós-operatório 1 - 5 anos (PO-3). A mensuração de perda óssea proximal deu-se entre os tempos PO-1, PO-2 e PO-3. Os dados foram submetidos à análise estatística ANOVA com medidas repetidas, coeficiente de variação, comparação múltipla de Bonferroni e T-Student. Os intervalos de confiança foram construídos com 95% de confiança estatística e um nível de significância de 0,05 (5%). A remodelação do tecido ósseo se mostrou estável entre os tempos PO1 - PO2 - PO3. A manutenção dos picos ósseos proximais favoreceu a estabilidade da papila interdental vista em todos os períodos PO. A presença da lâmina dura ao redor da conexão implante-abutment foi observada nas radiografias de acompanhamento longitudinal. Mediante o protocolo aplicado neste estudo, houve sucesso na terapia de implantes imediatos em alvéolos pós-exodônticos com provisionalização imediata em área posterior. O nível ósseo marginal, principalmente os picos ósseos proximais, foi mantido nos tempos de acompanhamento de 1 a 5 anos, favorecendo a manutenção do volume e contorno tecidual peri-implantar. A média de remodelação dos picos ósseos verticais mesiais do grupo pré-molares (DPM) foi de 0,35 mm. Para os picos ósseos verticais distais (DPD) esta média foi de 0,29mm. O grupo molares apresentou uma média de remodelação dos picos ósseos verticais mesiais (DPM) de 0,43mm de perda óssea vertical e para os picos ósseos distais (DPD) de 0,38mm. Dentro dos critérios para avaliação clínica, no trabalho de Misch et al. (2008), todos os pacientes operados e tratados incluíram-se, após avaliação, no nível I, ou seja, de sucesso com ótima saúde. Portanto, houve dentro do protocolo aplicado neste estudo, sucesso na terapia de implantes imediatos em alvéolos pós-exodônticos com provisionalização imediata em área posterior.
Palavras-chave: Implantes dentários. Odontologia. Carga imediata em implante dentário Ver menos