As falhas em reabilitação protética sobre implantes, sobretudo, das conexões podem levar a consequências biológicas e mecânicas indesejáveis. Dentre as mecânicas, a mais frequente é a perda do torque do parafuso do pilar. Quando a tensão, pré-carga, diminui abaixo de níveis críticos, a estabilidade do complexo implante-pilar protético é comprometida, o que resulta, clinicamente, no afrouxamento do parafuso. Objetiva-se avaliar a influência da oxidação/corrosão da cinta metálica da UCLA calcinável, na adaptação a interface cone Morse, através do torque de remoção do parafuso passante, após a ciclagem mecânica dos pilares. O estudo foi composto por dois grupos (n=10), distribuídos de acordo com o tipo de pilar protético da marca Conexão®: Grupo controle, formado pelos pilares universais pré-fabricados; Grupo teste, constituído pelos pilares UCLA com index em cromo-cobalto. Aplicou-se torque de 20N nas amostras, realizou-se teste de ciclagem termomecânica e mediu-se o torque de remoção após fadiga cíclica. O grupo controle revelou média de 16,6 ± 1,51N de contra-torque, correspondendo manutenção de 83%, e perda de 17% de pré-carga. O grupo teste obteve média de 12,4 ± 1,51N de torque de remoção, equivalente a preservação de 62%, e perda de 38% de pré-carga. As mensurações foram submetidas a análise através do teste T de Student, que revelou diferença estatística significativa (p<0,000) intra-grupos e entre os grupos. Notou-se perda de pré-carga nas conexões CM, em ambos os grupos estudados, e os pilares universais tiveram melhor desempenho que os pilares tipo UCLA com cinta metálica após a ciclagem termomecânica. Em suma, houve provável deformação do index metálico do pilar tipo UCLA causada, possivelmente, pelo fenômeno da oxidação/corrosão, provocando desadaptação na interface CM e, consequentemente, instabilidade do sistema durante a ciclagem.
Palavras-chave: Oxidação. Corrosão. Torque. Ver menos