Qualidade do sono e disfunção temporomandibular muscular: estudo transversal [recurso eletrônico]
Maria do Socorro Saraiva Wenceslau
Dissertação
por
Fortaleza - CE : [s.n.], 2019.
90f. : il.
Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Faculdade São Leopoldo Mandic.
Introdução: O sono é um processo neurobiológico complexo, com funções importantes que levam, em última análise, a uma resiliência fisiológica e psicológica mais forte. Portanto, o sono adequado é um requisito absoluto para a saúde e o bem-estar. As disfunções temporomandibulares (DTMs) incluem uma...
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Introdução: O sono é um processo neurobiológico complexo, com funções importantes que levam, em última análise, a uma resiliência fisiológica e psicológica mais forte. Portanto, o sono adequado é um requisito absoluto para a saúde e o bem-estar. As disfunções temporomandibulares (DTMs) incluem uma ampla gama de condições relacionadas à dor e/ou disfunção nas articulações temporomandibulares e/ou nos músculos mastigatórios. Estas são frequentemente acompanhadas por queixas de distúrbios do sono. Neste estudo, a qualidade do sono e as desordens temporomandibulares dolorosas foram avaliadas para investigar sua interação. Material e métodos: A versão brasileira do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), Questionário da Academia Europeia de Desordens Craniomandibulares e Critérios de Diagnóstico para Desordens Temporomandibulares (DC/TMD - Eixo I) foram preenchidos por pacientes encaminhados pela atenção primária para uma unidade especializada em DTM e prótese, Centro Odontológico Especializado do Estado do Ceará, Brasil, de agosto a outubro de 2017. A qualidade do sono foi comparada entre 50 pacientes com DTM dolorosa (grupo DTM) e 50 controles pareados por idade e gênero. Resultados: O grupo DTM (88% mulheres) apresentou média de idade de 39,9 anos e o grupo controle (70% mulheres) idade média de 42,4 anos. Todos os pacientes do grupo com DTM apresentaram mialgia, sendo a maioria (78%) bilateral. 62% dos pacientes com DTM apresentaram dor muscular com espalhamento no músculo afetado (dor miofascial), enquanto 42% apresentaram dor miofascial com dor referida (além dos limites musculares), mais comumente unilateral (34%), cefaleia atribuída a DTM (78%), deslocamento de disco com redução (40%). A má qualidade do sono (PSQI> 5) foi experimentada por ambos os grupos porém os pacientes com DTM apresentaram pior sono (escore do PSQI de 7,0 ± 3,7) em comparação ao grupo controle (5,4 ± 3,5). O grupo com DTM também apresentou menores taxas de "bom sono" (30% versus 44%) e maior distúrbio do sono (20% versus 6%). Uma forte correlação negativa foi observada entre o domínio qualidade subjetiva do sono e diagnóstico de DTM (r = -0,77). Conclusões: Nosso estudo relata taxas mais altas de qualidade do sono prejudicada em pacientes com DTM dolorosa em comparação com controles pareados por idade e gênero. Juntamente com a observação de uma forte associação negativa entre qualidade subjetiva do sono e DTM, nossos achados corroboram com os trabalhos anteriores sobre as interações do sono, dor e DTM dolorosa.
Palavras-chave: Transtornos da articulação temporomandibular. Transtornos do sono. Sono. Ver menos
Palavras-chave: Transtornos da articulação temporomandibular. Transtornos do sono. Sono. Ver menos
Guimarães, Antônio Sergio
Orientador
Faculdade São Leopoldo Mandic
Instituição
Qualidade do sono e disfunção temporomandibular muscular: estudo transversal [recurso eletrônico]
Maria do Socorro Saraiva Wenceslau
Qualidade do sono e disfunção temporomandibular muscular: estudo transversal [recurso eletrônico]
Maria do Socorro Saraiva Wenceslau