Estudos epidemiológicos demonstram que sinais e sintomas de DTM e DOF são comuns em estudantes. Fatores psicológicos podem contribuir para o aparecimento e manutenção da DTM. O objetivo desse estudo foi verificar a prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF) em 250 alunos maiores de 18 anos, pertencentes ao Instituto Federal Goiano - Campus Urutaí e sua relação com ansiedade e depressão quanto ao gênero (masculino e feminino), nível escolar (médio-técnico e superior), local de residência (residentes e não residentes no IFGoiano) e idade (18 a 20 anos e maior que 21). Para avaliação dos sintomas de DTM e DOF foram utilizados os questionários de triagem recomendado pela Academia Europeia de Desordens Craniomandibulares e o de Rastreamento da Dor. Para avaliação da ansiedade e depressão foi utilizada a escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADa e HADd) composta por 14 perguntas sendo 07 para ansiedade e 07 para depressão. Foi realizada a análise descritiva de todas as variáveis do estudo e utilizados o teste paramétrico de Mann-Whitney, correlação de Spearman (rs) e regressão de Poisson múltipla para análise estatística. A prevalência de sintomas de DTM foi de 22% no QRD e 63,6% no AEDC. O sintoma mais relatado no AEDC foi cefaleia (48,4%), enquanto que no QRD foi dor breve na mandíbula ou temporal e dor ou rigidez na mandíbula ambos com 23,6%. A correlação entre sintomas de DTM, ansiedade e depressão foi positiva. Os níveis de ansiedade foram maiores, para aqueles que apresentavam sintomas de DTM, principalmente no gênero feminino e alunos residentes. Pode-se concluir que fatores psicológicos como ansiedade e depressão têm correlação positiva e associação com DTM, principalmente no gênero feminino, apresentando variações nos grupos estudados.
Palavras-chave: Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular. Ansiedade. Depressão. Ver menos