O desenvolvimento dos sistemas CAD/CAM, em conjunto aos materiais cerâmicos, acelerou a realização de processos reabilitadores estéticos e funcionais na prática diária, sendo possível criar restaurações que visam mimetizar todas as características dos dentes naturais. Este estudo avaliou a precisão dimensional de facetas desenhas no CAD pela técnica da previa do preparo e do espelhamento do dente homólogo. Para este estudo foram selecionados 10 manequins parciais (antero-superior) da marca P-oclusal e vinte dentes n 11 plásticos (P-oclusal) com preparos prévios para faceta devidamente padronizado. Os dentes foram divididos,aleatoriamente, em dois grupos de 10 cada um, de acordo com a técnica de desenho utilizada. Foi realizado o escaneamento com escaner intra-oral Trios 2 colorido (3Shape, Copenhagen, Dinamarca) pela técnica da prévia do preparo e do espelhamento do dente homólogo. As imagens foram sobreposta no softwere de desenho do Dental Desktop /Design Studio do Trios 2 colorido (3Shape, Copenhagen, Dinamarca) e comparadas ao escaneamento do mesmo dente integro. Usando as ferramentas do próprio software para realizar as medidas, observamos que, os erros médios entre a medida realizada na imagem da faceta desenhada em CAD pelas duas técnicas em relação à medida da imagem do dente íntegro variaram de -0,05 a +0,03 mm. Porém, os valores dos desvios padrão, coeficientes de variação e de amplitude mostram expressiva variabilidade entre as amostras de cada grupo. O Teste de Mann-Whitney indicou diferença significativa entre as técnicas (p<0,05). A técnica do preparo prévio foi mais precisa quando comparada com a técnica do espelhamento do dente homólogo para o terço incisal (p=0,017) ou médio (p=0,006). Já no terço cervical (p = 0,427) não houve diferença estatisticamente significativa entre os erros das técnicas. Na comparação das regiões dentro do mesmo grupo, pelo teste de Friedman, constatou-se que a localização influencia na precisão do desenho (p = 0,007), sendo que nos terços incisal e médio os erros, que não difeririam entre si, foram significativamente menores que no terço cervical. Já para a técnica do espelhamento do homólogo, ao se comparar os erros obtidos nos terços incisal, médio e cervical, não se verificou diferença estatisticamente significativa (p = 0,975). Quanto à replicabilidade com o dente referência os resultados demonstram uma replicabilidade melhor para técnica do preparo prévio. Do ponto de vista prático, podemos concluir que obter um arquivo digital do paciente parece ser uma vantagem, pois teremos um arquivo da anatomia do dente que pode ser usada num tempo futuro. Assim como, escanear o dente previamente, mesmo com imperfeições , mostra ser um bom caminho com o objetivo de se alcançar o desenho ideal
Palavras-chave: Facetas dentárias. Projeto auxiliado por computador. Dente. Ver menos