O presente estudo avaliou a distribuição de tensões em coroas unitárias, monolíticas e estratificadas de zircônia, implanto suportadas em região anterior da maxila, utilizando diferentes tipos e espessuras de cimento. Para a modelagem dos grupos, foi utilizado um software de modelagem CAD, SolidWorks 2013, pelo qual foram gerados modelos tridimensionais virtuais representando uma reabilitação protética unitária sobre implante constituída por implante cone morse 4.0x11 mm. Sobre ele foi parafusado um munhão universal, e o conjunto inserido em um bloco ósseo (cortical e medular). As coroas foram cimentadas com cimento resinoso ou fosfato de zinco e foram simuladas 3 camadas de espessura de cimentação: 80, 120 e 160 micrômetros. Após isso, os modelos foram montados e transferidos para o software de análise Ansys Workbench 15.0. Uma malha de elementos tetraédricos foi gerada após análise de convergência à 5%. Foi simulada uma aplicação de carga de 100N em um ponto na superfície incisal, com inclinação de 30°. Os dados obtidos foram avaliados quantitativa e qualitativamente em relação às distribuições de tensões no modelo. A análise mostrou que as tensões sobre o abutment, implante e osso não foram influenciadas pelas variações estudadas. Por outro lado, as tensões aumentaram na coroa estratificada com o aumento da espessura do cimento, mas não na monolítica. Análise de elementos finitos revelou que o tipo de cimento não alterou a tensão máxima de cisalhamento na interface de cimentação e que coroas monolíticas diminuem as tensões em si comparadas com as estratificadas, independente do tipo e espessura de cimento.
Palavras-chave: Análise de elementos finitos. Prótese dentária. Materiais dentários. Ver menos