Carga de fratura de pré-molares restaurados com laminados cerâmicos finos: efeito do tipo de preparo sob simulação de fadiga
Vanessa Maria Freire Abílio
Tese
por
Campinas : [s.n.], 2018.
97f. : il.
Tese (Doutorado em Clínicas Odontológicas) - Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
O presente estudo avaliou o efeito do tipo de preparo para facetas vestibulares e da simulação de fadiga na carga de fratura e modo de falha de pré-molares superiores restaurados com laminados cerâmicos finos. Quarenta pré-molares superiores hígidos foram selecionados para o estudo. As raízes foram...
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O presente estudo avaliou o efeito do tipo de preparo para facetas vestibulares e da simulação de fadiga na carga de fratura e modo de falha de pré-molares superiores restaurados com laminados cerâmicos finos. Quarenta pré-molares superiores hígidos foram selecionados para o estudo. As raízes foram embutidas em resina de poliéster até 2 mm da junção cemento-esmalte e o ligamento periodontal foi simulado usando um material à base de poliéter, com espessura de 0,3 mm. O preparo dentário em todos os dentes envolveu término cervical em chanfro raso, preparo proximal rompendo o ponto de contato e um desgaste em profundidade de 0,5 mm no terço médio e oclusal e 0,3 mm no terço cervical das faces vestibular e proximais. Os dentes foram divididos em dois grupos quanto ao tipo de preparo na cúspide vestibular, sendo que vinte dentes foram submetidos ao preparo parcial, no qual não houve desgaste da vertente interna da cúspide com laminado cerâmico estendido 1 mm sobre a superfície oclusal, enquanto que em outros vinte dentes foram realizados preparo total de cúspide, no qual houve desgaste uniforme de 0,5 mm desta, que foi coberta pelo laminado. Os dentes foram restaurados com laminados cerâmicos com 0,5 mm de espessura à base de dissilicato de lítio (IPS e.max Press, Ivoclar Vivadent), utilizando o cimento resinoso fotoativado (RelyX™ Veneer, 3M ESPE). Então, 10 espécimes de cada grupo foram submetidos a 1x106 ciclos de fadiga, sob carregamento dinâmico de 130 N e frequência de 2 Hz. Todos os 40 espécimes foram submetidos ao teste de compressão em uma máquina de ensaio universal, sendo a face oclusal do dente posicionada perpendicularmente ao pistão com ponta romboide, que aplicou carga compressiva, sob velocidade de 2,5 mm/min. Os valores máximos de carga para fratura foram registrados em Newtons. Em seguida, os tipos de falhas foram avaliados com lupa e classificados em: I- descimentação do laminado; II- fratura apenas do laminado; III- fratura da coroa dental; IV- fratura radicular acima do ligamento periodontal simulado e V- fratura radicular abaixo do ligamento periodontal simulado. Para análise dos dados, foi aplicada análise de variância a dois critérios e o teste G. A carga de fratura de pré-molares restaurados com laminados cerâmicos finos cujos preparos foram realizados na cúspide de forma parcial não diferiu daquela encontrada com o preparo total, mesmo sob fadiga (p = 0,539). Porém, houve diferença no padrão de falha (p= 0,040), tendo sido observado que o preparo parcial apresentou mais falhas no nível radicular que o preparo total da cúspide nas situações testadas e o ensaio de fadiga diminuiu a incidência de falhas radiculares. Concluiu-se que o preparo parcial e total de cúspide vestibular realizado em pré-molares superiores para laminados cerâmicos finos apresentaram carga de fratura semelhante, mas que o preparo total da cúspide vestibular resultou em uma menor frequência de falhas irreparáveis quando submetidos à fadiga.
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