A inadequada relação coroa/implante pode causar problemas biomecânicos e comprometer a estabilidade da conexão, provocando o afrouxamento do parafuso do pilar protético. Ocorre que, entre a plataforma do implante e o rebordo da gengiva, existe uma cinta na conexão protética, o transmucoso, que pode variar em dimensão e interferir na altura final da restauração implanto-suportada. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes alturas do transmucoso do pilar protético universal no afrouxamento do seu parafuso, por meio da análise do torque e destorque após ciclagem mecânica. Foram usados 36 implantes (SIN), modelo cone morse(CM) Unitite de conexão interna cônica (3,5x 10mm), e os respectivos pilares protéticos universais (n=36), com diâmetro de 3,25mm e altura de 6mm, divididos em três grupos (n=12 cada) com diferentes alturas de transmucoso, sendo 0,8, 3,5 e 5,5mm. Foi empregado o torque de inserção de 20N.cm, seguindo especificações do fabricante, após 10 minutos foi feito o reaperto, em seguida foram submetidos aos ensaios de fadiga de 500.000 ciclos a 2Hz de frequência com 120N de carga dinâmica compressiva, a um ângulo de 30º. Os valores de destorque foram mensurados com torquímetro digital. Os valores médios (DP) de destorque obtidos foram de 22,83(6,30), 22,5 (5,45) e 19,41(4,69) N.cm para transmucoso com alturas de 0,8, 3,5 e 5,5mm, respectivamente, sem significância estatística entre os mesmos (p=0,262). Concluiu-se, portanto, que dentro das limitações deste estudo, que a altura do transmucoso dos pilares protéticos submetidos à ciclagem mecânica, não influenciou nos valores de destorque.
Palavras Chaves: Torque. Próteses e implantes. Implante dentário. Ver menos