A osteopontina (OPN) representa no tecido ósseo como a proteína não colagênica mais abundante e atua nos processos de formação e remodelação óssea. O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar dois diferentes tipos de tratamento de superficies, uma usinada e outra com duplo ataque ácido, que são utilizados em implantes osseointegráveis, quanto a expressão protéica de osteopontina e também quanto a proliferação e viabilidade celular. Foram selecionados cilindros de titânio comercialmente puro, com respectivos tratamentos de superfície e analisados a molhabilidade e rugosidade, das duas superficies por meio de um goniômetro e um rugosímetro, respectivamente. Para análise da proliferação, viabilidade celular e secreção protéica de osteopontina de osteoblastos, foram utilizadas células pré-osteoblásticas da linhagem MC3T3-E1 (ATCC, EUA). A proliferação e viabilidade celular foram avaliadas pelos metódos de exclusão vital por azul de trypan e MTT, respectivamente. A quantificação de osteopontina foi realizada por meio do teste ELISA. Para avaliação da relação dos tempos de plaqueamento na proliferação, viabilidade e expressão de osteopontina por células osteoblásticas foram aplicadas análises de variância a dois critérios e testes de Tukey foram utilizados para as comparações múltiplas. Os cálculos estatísticos foram conduzidos no programa SPSS 23 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA), tendo sido adotado o nível de significância de 5%. Em relação à expressão proteica de osteopontina, houve diferença significativa entre as duas superfícies avaliadas quanto à expressão protéica da osteopontina, no 1o, 3o e 7o dia de plaqueamento, sendo que a maior expressão se deu nos discos com superfície polida. Apesar de serem apresentados maiores valores de proliferação e viabilidade de células osteoblásticas na superfície com jateamento e duplo ataque ácido, a secreção de osteopontina foi menor nestas superficies.
Palavras-chave: Implantes dentários. Osteopontina. Odontologia Ver menos