Nos desafios da implantodontia, destaca-se a regeneração do osso alveolar reabsorvido e uma variedade de técnicas e de materiais têm sido desenvolvidos e utilizados para reconstruir rebordos atróficos. Embora existam excelentes indices de sucesso nos procedimentos de enxertia, é sabido que alguns fatores, a exemplo do tabagismo, podem afetar negativamente a cicatrização e colocar em risco o sucesso do enxerto ósseo, do implante dental. Neste estudo, procurou-se estabelecer a relação entre a influência da fumaça de cigarro e a reparação óssea em defeitos ósseos enxertados com beta-tricálcio fosfato, estudo in vivo. O material, Cerasorb, foi colocado em vinte ratos, wistar, machos, com idade de 110 dias, pesando em media 300 grs e divididos 10 ratos no grupo experimental (G1) nas calotas dos ratos expostos à fumaça de cigarro, submetido a três exposições diárias à fumaça de dez cigarros com exposições de oito minutos de duração, repetidas por trinta dias consecutivos. No grupo controle (G2) o material foi colocado em 10 ratos, porém os animais não foram expostos a fumaça de cigarro. Na análise histométrica, a área total de osso neoformado no interior do defeito critico de 5 mm, foi dada pela soma das diversas medições efetuadas em cada lâmina e, posteriormente somadas às medições referentes às outras lâminas do mesmo defeito e calculada a média simples. O valor foi expresso em micrometros quadrados e foram comparados pelo teste t de Student, considerando o nível de significância de 5%. O G1 apresentou média da quantidade de tecido ósseo neoformado significamente menor do que o G2. Dentro dos limites do presente estudo, pode-se concluir que os animais expostos à fumaça de cigarro exibiram menor área de formação de tecido ósseo na região do defeito ósseo quando comparados aos animais não expostos quando utilizado o enxerto de beta tricalcio-fosfato.
Palavras-chave: Implantes dentários. Transplante ósseo. Tabagismo Ver menos