Este estudo teve como objetivo avaliar e comparar, in vitro, as capacidades de resistência à tração de três cimentos em estruturas metálicas fundidas, cimentadas a pilares de próteses sobre implantes feitos em Titânio. Foram utilizados sessenta pilares de preparo tipo Slim (Conexão Sistema de Prótese, Arujá, São Paulo, Brasil). Trinta estruturas metálicas de tres elementos foram confeccionadas, simulando a anatomia de dois pré-molares e de um primeiro molar inferiores, sendo o segundo pré-molar, um pôntico. As estruturas foram jateadas por partículas de óxido de Alumínio de 70 µm. Os espécimes foram divididos em tres grupos (n = 10), de acordo com o cimento a ser utilizado: Grupo "1" - cimento resinoso Rely X U-200 (3M ESPE); Grupo "2" - cimento resinoso Multilink N (Ivoclar Vivadent), associado ao primer Monobond N (Ivoclar Vivadent); Grupo "3" - cimento temporário Rely X Temp NE (3M ESPE). Os corpos de prova foram submetidos à ciclagem térmica. O ensaio de tração foi conduzido em uma máquina de ensaios universais DL 2000 (EMIC), e os resultados foram analisados através de ANOVA e pós-teste de Bonferroni, com p< 0,001. Os espécimes foram visualmente analisados para tipificar o modo de falha. A análise estatística destes dados se deu pelos métodos Qui-quadrado e teste exato de Fisher. Este estudo concluiu que os tres cimentos testados apresentaram capacidades distintas de resistência à tração; que o uso de um sistema de primer específico para condicionamento da superfície metálica parece não ter resultado em maior capacidade retentiva; que o cimento autopolimerizável não se mostrou mais eficaz do que o cimento dual; o cimento autoadesivo possibilitou maior praticidade (por requerer menos passos técnicos) e resultados superiores aos outros dois cimentos testados; e que foi possível verificar um padrão de falha adesiva ao pilar de Titânio com superfície usinada.
Palavras-chave: Cimentos dentários. Cimentos de resina. Prótese dentária. Prótese dentária fixada por implante. Ver menos