O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de união entre cimentos resinosos, um autoadesivo e um convencional de dupla ativação, a uma cerâmica à base de dissilicato de lítio condicionada por diferentes tempos. Foram confeccionadas 40 pastilhas de Emax Press (Ivoclar Vivadent, Schaan, Liechtenstein, Alemanha) com 8 mm de diâmetro e 3 mm de espessura que foram posicionadas sob placas de cera e incluídas em tubos de PVC de 19 mm de diâmetro e 20 mm de altura com resina acrílica autopolimerizável. A superfície exposta das cerâmicas foi polida em politriz com lixas d'agua com granulações decrescentes, até a obtenção de uma superfície planificada. Em seguida, os espécimes foram aleatoriamente divididos em 4 grupos experimentais de acordo com o tempo de condicionamento da cerâmica (20 s ou 60 s) e o tipo de cimento resinoso utilizado: (AA- autoadesivo RelyX U200 ou CD- cimento de dupla ativação RelyX ARC). As cerâmicas foram condicionadas com ácido fluorídrico Condac Porcelana 10% (FGM, Joinville, SC, BR), silanizadas com Prosil (FGM, Joinville, SC, BR) e foi aplicada uma camada de adesivo Adper Single Bond 2 (3M ESPE, St Paul, MN, EUA). Após o preparo das cerâmicas, uma matriz de teflon bipartida com orifício central de 3 mm de diâmetro e 4 mm de altura foi posicionada sobre o tubo de PVC e os cimentos foram manipulados e inseridos na matriz até o seu completo preenchimento. A fotopolimerização foi realizada por 60 s (Marca: Demetron; Modelo: LC) e a matriz foi cuidadosamente aberta. Os espécimes permaneceram imersos em água destilada por 24 h e em seguida foram submetidos ao ensaio mecânico de resistência da união ao cisalhamento, utilizando-se máquina de ensaios universal EMIC (velocidade de 0,5 mm/min., célula de 200 Kgf). As amostras fraturadas foram analisadas em estereomicroscópio óptico para determinação do tipo de fratura. O teste de Kruskal-Wallis apontou que o uso de diferentes cimentos e a variação no tempo de condicionamento ácido não influenciaram a resistência da união ao cisalhamento à cerâmica a base de dissilicato de lítio (p= 0,1547). As fraturas foram 42,2% coesivas no cimento, 29,1% coesivas na cerâmica, 23,5% mistas e 5,2% adesivas. Concluiu-se que os cimentos resinosos apresentaram resistência de união semelhantes em relação às cerâmicas IPS emax Press e que o sobrecondicionamento das cerâmicas não influenciou a resistência da união ao cisalhamento Ver menos