O presente estudo comparou o potencial de neoformação óssea entre o biomaterial cerâmico microporoso a base de Fosfato de Cálcio Bifásico (BoneCeramic®, Staumann) da Granulação Large (500-1000 µm) (BCP-L) e o Osso Autógeno (AB) (1000-2000µm) em defeitos críticos confeccionados em calotas de ratos, quanto a capacidade de neoformação óssea, quantidade de área medular e partículas remanescentes por meio de análise histológica. Na análise qualitativa mensurado em escores de 0 a 4, onde 0 é a formação total de osteóide e 4 há um processo inflamatório maior e reabsorção. Após análise histológica no período de 60 dias podemos verificar que no sítio AB observamos uma conformação Osteóide Trabecular, ou seja, neoformação óssea com leve inflamação crônica. Já no sítio BCP em alguns elementos temos uma formação óssea na periferia e focal. Houve a neoformação a partir da substituição do material em apenas um elemento, nos demais a metade das cobaias apresentaram leve inflamação crônica e formação parcial de matriz óssea em substituição ao material, e na outra metade uma moderada inflamação crônica com fibrose e persistência de espaços negativos associados a reação de células gigantes, há também formação de osteóide focal. Tratando-se de uma análise qualitativa os dados foram submetidos ao teste de Wilcoxon com nível de significância p<0,05. Dos resultados obtidos o sítio Autógeno aos 60 dias, apresentou média 2,2, resultado superior ao sítio BC-Large (1,3). Podemos observar que no sítio AB houve formação de osso trabecular, e no sítio BCP-L, apesar de haver formação de osteóide esse por sua vez é imaturo, pois a presença de células inflamatórias e a osteoclastos conclui que ainda há remodelação óssea e que o tamanho da partícula atrasa a formação de osso, justificando a presença do biomaterial no defeito.
Palavras-chave: Biomaterial. Boneceramic. Neoformação óssea. Ver menos