O objetivo foi determinar a prevalência de fluorose dental em uma população não exposta à água fluoretada e avaliar o efeito da técnica de amostragem nesta medida. O estudo observacional, transversal e quantitativo foi conduzido em Mariana, MG, entre dezembro de 2014 e abril de 2015. Os participantes foram selecionados com base na idade, de forma que tenham tido acesso ao dentifrício fluoretado durante o período de formação dos dentes anteriores superiores permanentes. A amostra foi proveniente de escolares da rede pública e privada da cidade. A partir de um levantamento nominal de escolares de 14 a 19 anos, definiu-se uma amostra probabilística de 304 indivíduos que foi examinada clinicamente. Para inclusão na amostra, os participantes deveriam ter morado na cidade de Mariana do nascimento aos três anos de idade e não apresentassem anodontia, ausência ou restauração ampla dos dentes examinados ou aparelhos ortodônticos que dificultassem o diagnóstico. A fluorose dental foi medida pelos critérios do índice de Thylstrup e Fejerskov. A prevalência de fluorose identificada em estudo anterior, conduzido em 2011 na mesma cidade, e com a mesma metodologia de exame, foi utilizada como parâmetro de comparação para efeito da amostragem por conveniência. O teste do Qui quadrado foi usado na comparação dos resultados entre os dois estudos. A prevalência de fluorose dental foi de 3% considerando amostragem probabilística dos indivíduos. No estudo anterior, realizado com amostra de igual faixa etária, selecionada por conveniência, a prevalência de fluorose foi de 7% (p<0,05). O estudo detectou a ocorrência apenas de fluorose de índice de Thylstrup e Fejerskov igual a 1, correspondente a um grau leve. Concluiu-se que a prevalência de fluorose dental para essa população, foi considerada baixa e que a escolha da técnica de amostragem foi significante para determinar a prevalência de fluorose dental.
Palavras-chave: Fluorose dentária. Prevalência. Dentifrícios. Amostra Probabilística. Amostra por Conveniência. Ver menos