Este estudo teve o objetivo de avaliar a influência do comprimento do implante de conexão cônica interna na geração de tensões em próteses unitárias por meio do método de elementos finitos tridimensional. Foram criados quatro modelos, um para cada comprimento de implante (7 mm, 9 mm, 11 mm e 13 mm), instalados em região posterior de mandíbula e simulada a reabilitação com coroa de zircônia cimentada. A análise pelo método dos elementos finitos tridimensional foi realizada para avaliar as tensões máximas de tração, compressão, cisalhamento e deformação em osso cortical e medular, e tensões de von Mises e deformação nos implantes. O carregamento foi caracterizado por uma carga de 400 N, simulando uma força mastigatória normal em um primeiro molar inferior. No osso cortical, o modelo M2 (9 mm) apresentou os menores picos de tensão máxima de tração, cisalhamento e deformação (28,02 MPa, 13,48 MPa e 0,00027 µstrain, respectivamente), enquanto no osso medular foi o modelo M1 (7 mm) que apresentou os menores picos máximos para todas as tensões analisadas (tração = 2,10 MPa, compressão = 0,61 MPa, cisalhamento = 0,36 MPa, e; deformação = 0,0041 µstrain). O modelo M2 foi o que apresentou os menores picos de tensão máxima no implante (von Mises = 54,91 MPa e deformação = 0,00028 µstrain). Concluiu-se que há influência do comprimento dos implantes com conexão cônica interna na geração das tensões no osso e no implante em reabilitações unitárias, sendo que, de forma geral, o implante com 9 mm de comprimento apresentou os melhores resultados nas análises realizadas, proporcionando uma distribuição de tensões de forma mais adequada por meio da geração de menos estresse em osso cortical e implante, quando comparado a implantes de 7 mm, 11 mm e 13 mm de comprimento.
Palavras-chave: Implantes dentários. Análise de elementos finitos. Odontologia. Ver menos