O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar em prontuários odontológicos a influência da diabete, osteoporose e osteopenia na taxa de sobrevida de implantes em homens e mulheres, a curto e longo prazo. Todos os implantes utilizados foram do tipo: rosqueados com duplo tratamento de superfície, jateamento com partículas abrasivas seguido de subtração ácida. Materiais e métodos: Foram coletadas informações de 102 prontuários de pacientes portadores de osteopenia, osteoporose e diabetes mellitus, sendo avaliada também a utilização de bisfosfonatos, num período de seis anos. Os respectivos pacientes foram submetidos a cirurgias de instalação de implantes por alunos sob a supervisão dos professores. Foram instalados, 456 implantes dentários e obteve-se sobrevida em 447 casos (98,02%); com um índice de perda de 9 implantes (1,97%). Entre os pacientes 90 eram mulheres (88,23%) e 12 homens (11,76%), com idade variando de 38 a 80 anos (idade média = 59 anos para mulheres e 56 anos para homens). Em mulheres, foram avaliados 385 implantes (84,42%). Entre elas 15 pacientes (16,66%) eram portadoras de osteopenia, 42 (46,66%) portadoras de osteoporose, 23 (25,55%) portadoras de diabetes, sendo duas (2,22%) osteopenia e diabetes, oito (8,88%) portadoras de osteoporose e diabetes. Obteve-se sobrevida em 377 implantes (97,92%), com oito perdas (2,07%). Entre os homens, 71 implantes (15,57%) foram instalados, um paciente (8,33%) tinha osteoporose e diabetes, dois (16,66%) eram portadores de osteoporose, nove (75%) portadores de diabetes. Dos implantes instalados 70 (98,59%) obteve-se sobrevida, com uma perda (1,4%) relacionada ao paciente portador de diabetes. Apenas 14 pacientes do sexo feminino utilizavam ou já haviam utilizado bisfosfonato (15,55%), entre os homens nenhum utilizou este medicamento. Assim foi possível concluir que não houve influência significativa dos comprometimentos sistêmicos avaliados no sucesso da osseointegração.
Palavras-chave: Implante dentário. Osteoporose. Osteopenia. Diabetes mellitus. Ver menos