O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento biomecânico, sob carga oclusal fisiológica, do primeiro pré-molar superior, hígido e tratado endodonticamente, com acesso endodôntico convencional e conservador; e do osso alveolar circundante em condições de normalidade e osteoporótica. Para isso, foram criados modelos virtuais utilizando o software CAD-like SolidWorks 2015 (Dassault Systemes, Solidworks Corps, USA): M1: dente hígido/ osso normal; M2: acesso conservador / osso normal; M3: acesso convencional / osso normal; M4: dente hígido / osso osteoporótico; M5: acesso conservador / osso osteoporótico; M6: acesso convencional / osso osteoporótico. Nos dentes com tratamento endodôntico foi modelado um preenchimento com resina composta. A simulação foi realizada pelo Método de Elementos Finitos. Nos resultados no esmalte sob carga axial, os picos de força ocorreram ao redor dos pontos de contato oclusal; e sob carga oblíqua na região de sulco entre as cúspides. Na dentina, sob carga axial e oblíqua, os picos ocorreram na região de furca e apresentaram-se mais acentuados sob carga oblíqua. Na deformação óssea sob carga axial, os picos ocorreram na região de furca nos modelos de osso normal e na região apical vestibular nos modelos de osso osteoporótico; e sob carga oblíqua, em todos os modelos os picos ocorreram na região cervical vestibular. As maiores deformações ocorreram em modelos de osso com osteoporose. A partir dos resultados, concluiu-se que o osso osteoporótico apresentou maior probabilidade de fratura e, em caso de fratura, a mesma provavelmente ocorrerá nas regiões apical e cervical vestibular. As condições dentais simuladas não interferiram na ocorrência de deformações ósseas. O tipo de abertura coronária exerceu pouca influência na resistência à fratura dental e, em caso de fratura, a mesma provavelmente ocorrerá na região de furca.
Palavras-chave: Osteoporose. Canal Radicular. Fraturas osteoporóticas. Ver menos