Uma das dificuldades encontradas pelos endodontistas é a obtenção da analgesia nos casos diagnosticados com pulpite irreversível envolvendo molares inferiores.O propósito deste estudo prospectivo foi comparar o grau de anestesia pulpar obtido com lidocaína 2% com epinefrina1:100.000 e a articaína 4% com 1:100.000 epinefrina no bloqueio do nervo alveolar inferior em pacientes com pulpite irreversível em molares inferiores. A amostra foi composta por 70 pacientes com diagnóstico de pulpite irreversível em primeiros, segundos e terceiros molares inferiores, de ambos os gêneros e todos apresentando boa saúde sistêmica , atendidos em clínica particular, localizada na cidade de Atibaia. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em 2 grupos: 35pacientes foram anestesiados com cloridrato de articaína e 35 pacientes foram anestesiados com cloridrato de lidocaína. Cada paciente recebeu dois tubetes de 1,8ml cada, perfazendo um total de 3,6ml de solução anestésica, pela técnica indireta do bloqueio do nervo alveolar inferior. Após 10 minutos da anestesia, foi realizada cirurgia de acesso no molar inferior analisado e o paciente instruídoa relatar ausência ou presença de dor em uma escala visual analógica Heft-Parker. Foi definida como sucesso anestésico a capacidade de acessar a câmara pulpar com 02 tubetes de qualquer solução utilizando a técnica do BNAI sem qualquer dor ou desconforto relatado pelo paciente e sem necessidade de complementação anestésica. Os resultados demonstraram que para o número de indivíduos que participaram desse estudo, o teste binominal revelou que não houve diferença significativa entre a articaína e a lidocaína quanto a suas taxas de sucesso (p=0,220), que foram respectivamente, de 45,71% e 31,42%. Pôde-se concluir que não houve diferença entre as soluções para a obtenção de anestesia com dois tubetes no BNAI e nenhuma das soluções foi 100% eficaz na obtenção da analgesia.
Palavras-chave: Lidocaína. Articaína. Pulpite. Ver menos