O objetivo deste estudo foi avaliar pelo Método dos Elementos Finitos (MEF) se a utilização de implantes curtos inclinados não bicorticalizados (modelo teste), visando preservar a cortical inferior mandibular favorece a distribuição de tensões. Para isso, foram criados 6 modelos idênticos de mandíbula edêntula, com 8mm de altura na sínfise, reabilitada com prótese fixa sobre 4 implantes. Foram simuladas 3 possibilidades de posicionamento dos implantes (4 implantes inclinados para distal; all-on-four; 4 implantes verticalizados), com bicorticalização e sem bicorticalização. Após análise dos dados, pode-se observar que a tensão máxima no osso na região cervical dos implantes no modelo teste foi de 132 MPa e a bicorticalização associada à inclinação dos implantes gerou maiores valores (171MPa). Para a tensão no parafuso de retenção da prótese, o modelo teste registrou 61 MPa e os modelos com implantes verticais obtiveram os maiores valores (223MPa). As tensões observadas na cobertura de acrílico no modelo teste foi de 4MPa e os modelos com implantes verticais apresentaram as maiores tensões (11MPa). Diante destes resultados, pode-se concluir que a reabilitação de mandíbulas severamente reabsorvidas, com 4 implantes curtos, sem bicorticalização, e inclinados para distal em 45°, apresentou menores picos de tensão em relação aos modelos com implantes não bicorticalizados ou bicorticalizados, tanto na disposição all-on-four como verticalizados.
Palavras-chave: Implantes dentários. Análise de elementos finitos. Mandíbula Ver menos