A mucosite oral (MO) é um efeito comum do tratamento quimioterápico, dependendo da gravidade pode influenciar em quadros de comorbidades e limitações para o paciente oncopediátrico, comprometendo seu estado nutricional, qualidade de vida e até mesmo tratamento. O objetivo deste estudo foi fazer uma análise da evolução da MO em pacientes submetidos a protocolos de higiene oral e de laserterapia para prevenção e para tratamento desta condição. Informações sobre o perfil clinico, possíveis fatores de risco para MO e curso da doença foram coletadas em prontuário médico-odontológico de 112 pacientes oncológicos, de 0 a 18 anos, submetidos ao total de 908 ciclos de quimioterapia, no Hospital Estadual da Criança no Rio de Janeiro-RJ, no período de 01/10/2013 a 31/08/2016. Foram analisadas associações sobre qualidade da higiene oral, ciclos e esquemas de quimioterapia, padrão de neutropenia, eliminação do metotrexato no desfecho clínico da MO. A mucosite ocorreu em 15% dos ciclos de quimioterapia, e quando aplicada quimioterapia em altas doses, a ocorrência foi em 47,4%. A história prévia, neutropenia e eliminação do metrotexato foram considerados fatores associados à ocorrência da comorbidade. A laserterapia mostrou-se eficiente no tratamento da MO. Concluiu-se que o uso de protocolo de laserterapia preventiva e aplicação de protocolo rigoroso de higiene oral reduziu a frequência da MO, mostrou-se efetiva na redução de gravidade da mesma, sem apresentar efeitos adversos, justificando assim a recomendação de um programa elaborado pelo cirurgião-dentista visando a prevenção em crianças e adolescents sob o risco.
Palavras-chaves: Estomatite. Tratamento farmacológico. Terapia a laser de baixa intensidade.
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