O presente trabalho teve por objetivo analisar a ocorrência de condutos não-obturados
em dentes tratados endodonticamente e sua relação com a presença de rarefação
óssea periapical, por meio da análise de tomografias computadorizadas de feixe
cônico. Os exames foram analisados com o auxílio do software OsiriX 7.0, avaliando
os cortes axial, coronal e sagital. Foram considerados 1.204 dentes tratados
endodonticamente como amostra válida para este trabalho. Foram registrados os
seguintes dados: número do exame, número do dente com tratamento endodôntico,
presença ou não de conduto não-obturado, raiz do conduto não-obturado e presença
ou não de rarefação óssea periapical. Os dados foram analisados estatisticamente
pelo teste do Qui-Quadrado, sendo considerado significante quando P<0,05. Foi
observado que 240 dentes apresentaram raízes com 257 condutos não-obturados.
Entre estes, 167 apresentaram também rarefação óssea periapical. Considerados
todos os grupos dentais, 20% da amostra analisada apresentou condutos nãoobturados.
Os molares superiores representaram quase 70% dos dentes com
condutos não-obturados. As raízes que mais apresentaram condutos não-obturados
foram as mesio-vestibulares, representando 63% da amostra por raiz. Além disso,
quase 70% das raízes que apresentaram condutos não-obturados, também
apresentaram rarefação óssea periapical. Desta forma, de acordo com os resultados
da pesquisa, concluiu-se que dentes com condutos não-obturados apresentam mais
rarefação óssea periapical. As raízes mesio-vestibulares dos molares superiores
foram as raízes que apresentaram condutos não-obturados com maior frequência.

Palavras-chave: Anatomia. Endodontia. Tomografia computadorizada de feixe cônico. Ver menos