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O queratocisto odontogênico paraqueratinizado foi recentemente reclassificado pela Organização Mundial de Saúde como tumor odontogênico queracístico, sendo atualmente considerado uma neoplasia benigna com alta atividade proliferativa e marcada tendência à recidiva. O cisto odontogênico ortoqueratinizado ainda é classificado como cisto odontogênico, pois apresenta um crescimento mais lento e ausência de recidivas. A opção por um tratamento mais radical ou mais conservador para estas lesões depende destas variações microscópicas. É, portanto, de grande interesse clínico e científico o estudo aprofundado dessas lesões, incluindo suas características epidemiológicas. O presente estudo teve por objetivo realizar um levantamento epidemiológico dos casos de tumor odontogênico queratocístico e cisto odontogênico ortoqueratinizado diagnosticados no Laboratório de Patologia da Faculdade São Leopoldo Mandic Campinas SP de setembro de 2001 a julho de 2009. Dos 7000 casos registrados, 72 casos foram diagnosticados como tumor odontogênico queratocístico e nenhum caso como cisto odontogênico ortoqueratinizado. Os pacientes acometidos eram de ambos os sexos. Mulheres brancas foram mais frequentemente acometidas, principalmente na região posterior da mandíbula. Com base nos resultados observados e nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, concluiu-se que o tumor odontogênico queratocístico pode ocorrer em ambos os sexos, raças e idade e é mais comum na região posterior de mandíbula. Além disso, a partir da revisão da literatura concernente ao comportamento clínico e características moleculares do TOQ e COO, pôde-se concluir que o tumor odontogênico queratocístico deve ser considerado uma neoplasia odontogênica, enquanto que, em contrapartida, o cisto odontogênico ortoqueratinizado permanece classificado como um cisto odontogênico.
Palavras-chave: Queratocisto odontogênico. Cistos odontogênicos. Tumores odontogênicos. Queratina.

O carcinoma epidermóide é a lesão maligna mais freqüente na região maxilofacial. Seu alto potencial invasivo e metastático regional leva a um prognóstico não muito bom, principalmente quando localizado em língua ou assoalho de boca. Porém, existe uma dificuldade do tratamento dessas lesões invasivas devido à imprecisão dos dados com relação aos mecanismos biológicos de invasão tumoral e metástase. No presente estudo, foi realizada revista da literatura buscando evidenciar melhor esse tema. De acordo com a literatura tradicional, as metástases de carcinoma epidermóide se localizam nos linfonodos regionais, pulmões, ossos, linfonodo mediastínico e fígado, mas também não podem ser descartados outros sítios de ocorrência. O mecanismo de invasão e metástase dos carcionomas epidermóides parece estar relacionado à quebra de componentes de adesão célula-célula e à degradação da lâmina basal e da matriz extracelular. Nesse processo de quebra protéica, as metaloproteinases de matriz extracelular exercem papel fundamental. Dentre as proteínas quebradas nesse processo pode-se citar a caderina-E, que também pode ser responsável pela recuperação do potencial de adesão para que haja uma reimplantação da célula neoplásica após a migração pelo sistema vascular. Também concluiu-se do estudo que a marcação para caderina-E, b-catenina e para metaloproteinases pode ser um método importante na determinação do potencial metastático dos carcinomas epidermóides orais.

O fibrossarcoma ameloblástico é uma neoplasia odontogênica maligna mista, ou seja, é constituída por componentes epitelial e mesenquimal, mostrando-se o primeiro com características de benignidade e o segundo, de malignidade. É considerado homólogo maligno do fibroma ameloblástico. O presente trabalho faz uma revisão da literatura e relata um caso raro de fibrossarcoma ameloblástico em mandíbula de uma paciente do sexo feminino de, 40 anos de idade
Palavras-chave: Fibrossarcoma ameloblástico. Neoplasia odontogênica.

Gengivite descamativa (DG) é uma patologia caracterizada por descamação epitelial, eritema, ulceração e/ou pela presença de lesões vesículo-bolhosas da gengiva livre ou inserida e de outros tecidos orais. Este fenômeno pode ser a manifestação clínica de um grande número de dermatoses, sendo as mais comuns o líquen plano; o penfigóide benigno da mucosa e o pênfigo vulgar. Nas doenças auto-imunes as lesões orais podem ocorrer primeiro ou muito mais precocemente que desordens mucocutâneas severas e o simples exame clínico é insuficiente para se estabelecer o diagnóstico da doença, necessitando de exames histopatológicos e algumas vezes de imunofluorescência direta para se estabelecer o diagnóstico definitivo. Através de uma revisão de literatura buscou-se identificar as diferenças histopatológicas e de imunofluorescência entre penfigóide, pênfigo vulgar e líquen plano, quando associados a quadros de gengivite descamativa. Baseando-se nos dados obtidos através da literatura pesquisada conclui-se que as características histopatológicas e de imunofluorescência do penfigóide são a presença de clivagem subepidérmica com células basais intactas e um infiltrado inflamatório composto de linfócitos, eosinófilos, células plasmáticas, neutrófilos polimorfonucleares e ausência de acantólise e a imunofluorescência revelará anticorpos da classe das IgG antimembrana basal de padrão linear e raramente anticorpos do tipo IgM ou IgA. No pênfigo vulgar observa-se a acantólise, ocorrendo também edema intercelular, dissolução das pontes intercelulares, presença de células de Tzanck e uma pequena inflamação no tecido conjuntivo e a imunofluorescência mostra a presença de anticorpos da classe IgG. Nos casos de líquen plano encontra-se a hiperceratose, espessamento de camada granulosa, acantose, degeneração hidrópica das células epiteliais da camada basal com perda de nitidez, presença de corpos de Civatte e infiltrado inflamatório crônico predominantemente mononuclear disposto junto à derme e a Imunofluorescência mostra a presença de depósitos sub-epiteliais de fibrinogênio. Percebe-se que é necessário, em relação às doenças analisadas, estabelecer o correto diagnóstico para se instituir o tratamento adequado e o exame histopatológico e de imunofluorescência direta mostraram-se suficientes para tal.

A hipofosfatasia é uma rara desordem congênita e hereditária, transmitida geneticamente em um padrão autossômico dominante ou autossômico recessivo, caracterizado pela mineralização esqueletal defeituosa e perda precoce dos dentes, devido ao baixo nível de fosfatase alcalina e quantidades anormais de fosfoetanolamina na urina e sangue. O presente trabalho faz uma revisão da literatura e relata um caso clínico de paciente do sexo feminino com 2 anos e 8 meses de idade apresentando perda prematura de dentes, com provável diagnóstico de hipofosfatasia

Antropozoonose no município de Imperatriz-MA. Apresenta-se aspectos de caracterização da Leishmaniose. Incluiem-se a etiologia, a patologia, os sintomas, o tratamento, período de incubação, quadros clínicos e diagnostico clínico. Enfatiza-se os dados estatisticos da doença. Avalia-se a atual situação dos orgãos no ano de 1991 diagnosticou-se 5 casos de Leishmaniose Visceral Humana (LVH) e 24 casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no município de Imperatriz, e respectivamente 8 e 46 no ano de 1992, 2 e 39 em 1993 e 4 e 35 em 1994 e, 86 e 404 em 1998. Obteve-se uma média percentual de 5,3% de LVH e 0,69% de LVC das amostras coletadas no período de 1991 à 1994.

O HPV pertence a uma família de vírus tumorais e induzem a proliferação de células epiteliais na pele e mucosas. Na cavidade oral temos 24 tipos associados com lesões benignas, e 12 tipos associados com lesões malignas, mas o número de diferentes tipos de HPV excede em 100 e não há previsão para o término dessa lista. O papel do HPV na carcinogênese oral é ainda controverso, mas na maioria dos estudos mostram que o vírus está presente nos carcinomas orais pesquisados. A transmissão do HPV na boca se dá pelo sexo oral e alguns estudos relatam que a manifestação deste está associada à questão de baixa imunidade. As lesões orais mais conhecidas causadas pelo HPV são a verruga vulgar, papiloma, condiloma acuminado e hiperplasia epitelial focal. Sendo assim esse estudo procurou revisar dentro da literatura as lesões orais causadas pelo HPV e sua relação com a imunodepressão e a oncogênese.

O mioepitelioma é um tumor benigno de glândula salivar composto quase exclusivamente de lençóis, ilhas ou cordões de células com diferenciação mioepitelial que pode exibir um formato, plasmocitóide, epitelióide ou células claras. Este trabalho é uma revisão de literatura sobre o mioepitelioma e relato de um caso clínico de um paciente do sexo masculino, com idade de 40 anos que exibia lesão nodular no palato duro. O diagnóstico foi obtido através do estudo anatomopatológico da peça.
Palavras-chave: Mioepitelioma. Glândula salivar. Neoplasia benigna.

A finalidade deste estudo foi avaliar pela técnica da imunoistoquímica a expressão das proteínas da matriz extracelular da dentina dos dentes afetados com odontodisplasia regional, envolvidas na sua mineralização, como: colágeno I; tenascina; fibronectina; osteocalcina; osteonectina e a osteopontina, comparando-a com a da dentina normal. Após a desmineralização, cortes seriados dos dentes foram preparados e submetidos aos procedimentos imunoistoquímicos utilizando-se anticorpos específicos. O colágeno I desorganizado e a expressão da osteopontina, ambos nas áreas amorfas dos dentes afetados foram os aspectos mais importantes demonstrados por este estudo.

O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da terapia fotodinâmica (PDT) associada ao antimicrobiano Endo-PTC (EP) e ao corante azul de metileno (AM) em culturas da Candida albicans in vitro. O estudo foi realizado em trinta e seis lâminas com quatro amostras de Agar Sabouraud, 5 mm de diâmetro cada, nas quais foram colocados 5 µl de concentrado de leveduras (C. albicans). Após um período de três horas de crescimento das colônias, em cada uma das lâminas, foram aplicados sobre os círculos EP, EP+AM na proporção de 1:1. Em um dos círculos das lâminas, nenhum agente foi aplicado. As amostras foram irradiadas pontualmente pelo laser Twin LED® (660?m, potencia de 15 mW e dose de 3,8 J/cm2 a cada dez segundos) por 0, 1, 2 ou 3 minutos. As 36 lâminas foram divididas em três grupos distintos: 14 horas (duas aplicações de laser), 24 horas (duas aplicações de laser) e 48 horas (três aplicações de laser). As amostras foram examinadas em microscópio de luz convencional num aumento de 400 vezes por um único examinador. As imagens foram capturadas para análise qualitativa. Nas amostras que possuíam soluções intermediárias AM somente e EP associado ao AM, com a aplicação do laser, houve redução do número de células fúngicas. Já nas amostras que possuíam EP somente e naquelas sem nenhuma solução intermediária (Ca), com a aplicação do laser, não foram observadas variações quanto ao número de células de C. albicans. Dentro dos limites deste estudo, pode-se concluir que a terapia fotodinâmica associada ao Endo-PTC ou corante azul de metileno resulta em uma diminuição do número de colônias de C. albicans in vitro, sendo o efeito da associação com o corante azul de metileno mais eficiente. Doses maiores da terapia fotodinâmica apresentaram maior efeito sobre a C. albicans.

O xantoma verruciforme é uma lesão benigna, incomum da mucosa oral que se apresenta clinicamente arredondada, solitária, levemente elevada com uma superfície rugosa e granulosa de coloração amarelada, avermelhada ou acinzentada e de crescimento lento. Sua etiologia e patogenia são desconhecidas e a discussão permanece até hoje entre fatores traumáticos e imunológicos, como causas principais. Ao microscópio de luz, a característica principal dessa lesão é a presença das células espumosas que predominam nas papilas do tecido conjuntivo, logo abaixo do epitélio. Outro achado importante é a presença de elementos que confirmam a degeneração epitelial. Este trabalho tem como objetivo, fazer uma revisão de literatura sobre a epidemiologia, etiologia, características clínicas, aspectos histopatológicos e imunoistoquímicos dessa lesão.